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  Agricultores familiares da Associação Quilombola de Santa Luzia, em Maraú, no Território de Identidade Litoral Sul, estão tornando sua produção autossustentável a partir de práticas agroecológicas. Atendidas pelo edital ATER Agroecologia, da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), as famílias da comunidade produzem de cacau, pimenta e guaraná a seringueira, galinha e porco.

Desde 2020, quando começou a ser executado, o ATER Agroecologia investe mais de R$ 32 milhões em assistência técnica e extensão rural para sete mil famílias agricultoras de 77 municípios baianos dos territórios Baixo Sul, Vale do Jiquiriçá, Extremo Sul, Costa do Descobrimento, Chapada Diamantina, Sertão Produtivo, Médio Sudoeste Baiano, Sisal, Bacia do Jacuípe, Piemonte do Paraguaçu, Piemonte da Diamantina, Semiárido Nordeste II, Sertão do São Francisco, Sudoeste Baiano e Litoral Sul. Somente no Litoral Sul, o investimento ultrapassa os R$ 2,5 milhões e contempla 540 famílias.

Para o agricultor José Paulo da Silva, após quatro anos de acompanhamento técnico do governo do estado por meio da Cooperativa de Desenvolvimento Territorial (Cooperast), as diferenças já podem ser sentidas. “Gosto das atividades que foram feitas: análise de solo, cursos sobre padrão de qualidade do cacau, enxertia, poda, já fiz aplicação de produto para o cacau ser de qualidade. Quem está obedecendo às recomendações, está sentindo resultado. Antes eu tirava 40 quilos de cacau por corte, hoje tiro seis arrobas por corte, e vamos chegar a oito arrobas em alguns dias com facilidade”, ressaltou José Paulo.

“Análise de solo, palestras sobre pragas, poda. A gente jogava qualquer adubo, depois mudou e o custo diminuiu”, concluíram Ivanilda Jesus da Conceição e Ivana Santos, mãe e filha, que produzem cacau, cravo, guaraná, mandioca, seringa, urucum e pimenta do reino. “Com a ATER, aqui melhorou 100%, porque aprendemos sobre calagem, que a gente não fazia, aplicamos o adubo correto, vai fazer a análise de solo depois do adubo. Achei que melhorou bastante. Dou nota 10 porque aumentou minha renda e dos vizinhos, com orientações e participação direta do técnico”, completou o agricultor José Lucas da Silva, presidente da associação.

De acordo com a fiscal de contratos da Bahiater, Samilla Santos de Deus, a chamada pública, que está em fase de conclusão, gerou muitos resultados positivos para a agricultura familiar no Litoral Sul. “O projeto acabou tendo início junto com a pandemia [de covid 19] e foi um desafio para todos, tivemos que aprender a utilizar a tecnologia a nosso favor, criar ferramentas para poder lidar com toda a situação, fazer reuniões on-line, e algumas comunidades não tinham acesso à internet, tivemos que respeitar os protocolos sanitários, não podíamos fazer contato direto. Depois da covid, a enchente, assolando muitas das comunidades que a gente atende na região. Então foi um projeto feito com muita força de vontade e estamos finalizando com exemplos muito bacanas”, concluiu Samilla.

Créditos
Bahiater/SDR
Fonte
Bahiater/SDR
ATER AGROECOLOGIA-Litoral Sul
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