Agricultoras e agricultores familiares, extensionistas rurais, prestadoras de assistência técnica e extensão rural (ATER) e representantes de associações e cooperativas dos municípios do Baixo Sul da Bahia se reuniram para debater ações para o território durante o Seminário de Inovação e Sustentabilidade da Cacauicultura nesta quarta-feira (6), em Camamu. A iniciativa é do Sindicato Rural do município, em parceria com a Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater) e Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculadas à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), além do Consórcio Intermunicipal Ciapra Baixo Sul, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Prefeitura Municipal de Camamu, Cargill, Banco do Brasil e Banco do Nordeste.

As políticas públicas para a cacauicultura na Bahia foram apresentadas pelo titular da Bahiater, Lanns Almeida. “Essa troca de experiências é fundamental. O governo do estado investe fortemente na agricultura familiar no Baixo Sul, são 2.400 agricultores só no convênio com o Ciapra, através da CAR. Com a Bahiater, são mais 10.080 agricultores em toda a região cacaueira, levando diversidade. Com o Bahia Produtiva, colocamos R$ 51 milhões nessa estrutura forte que é o cooperativismo no Baixo Sul", destacou Lanns Almeida.

Para o presidente do Ciapra Baixo Sul, Leonardo Cardoso, o seminário oportunizou o diálogo para o avanço da cacauicultura no território. "É importante esse debate e esse seminário para que a gente melhore a produtividade do cacau no Baixo Sul, melhore a renda dos agricultores e de toda a cadeia do cacau", disse.

Seminário

Na oportunidade, foram debatidas temáticas como: uso de biofertilizante, mercado de cacau, certificação, programa Cacau Mais, Cadastro Estadual Florestal do Imóvel Rural (CEFIR), sistemas agroflorestais com cacaueiro, mercado de carbono e serviços ambientais, comercialização e monilíase.

Experiências exitosas, como as do Assentamento Dois Riachões, de Ibirapitanga, e do Assentamento Dandara dos Palmares (Dandel), de Camamu, foram apresentadas por seus representantes. O assentamento Dois Riachões possui uma área de mais de 400 hectares, com 43 famílias assentadas. "Temos uma boa área de preservação florestal, o assentamento tem toda uma organização, trabalho coletivo e uma das coisas que a gente adota como princípio produtivo, social e ambiental é a matriz da agroecologia, comunicando com a Mata Atlântica e o sistema cabruca, garantindo a sustentabilidade do meio ambiente e das famílias", enfatizou Luciano Silva, assentado do Dois Riachões.

No evento, aconteceu ainda a Feirinha da Agricultura Familiar e Economia Solidária, com chocolates, licores, artesanato e outros produtos da Coopgeaf e Coobpagi, ambas de Ituberá; Café Serra do Sal, de Taperoá; CFR, de Igrapiúna, entre outros.