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Representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), que atuam na Coordenação Executiva de Pesquisa e Extensão Tecnológica (Cepex) e na Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), participaram de mesas de debates, nesta sexta-feira (25), durante a programação da XI Feira do Semiárido, que aconteceu no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). O evento teve o objetivo discutir e refletir sobre as políticas públicas e o desenvolvimento territorial que estão em curso. 

A primeira mesa, com o tema Desafios para ensino, pesquisa e extensão, foi formada pelos professores da Uefs Marina Castro e Paulo Nazareno e os dirigentes da SDR, José Tosato, coordenador da Cepex, e Célia Watanabe, gestora da Bahiater.

Watanabe ressaltou a necessidade de construir bases sólidas para uma formação alicerçada no desenvolvimento rural sustentável, que compreenda agricultura familiar, sua diversidade e as reais demandas dos sujeitos envolvidos como protagonistas e construtores de sua autonomia: “É fundamental valorizar os aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos, em um estado como o nosso, recortado por três grandes biomas, e com um grande números de unidades produtivas familiares”.

Já José Tosato lembrou que “é impossível pensar o conhecimento a partir de uma visão unilateral”. Segundo ele, “estamos num momento de pensar juntos, trabalhar em rede, trocar os saberes tradicionais, experimentais, técnicos e acadêmicos, precisamos estar de mãos dadas para superar os desafios e valorizar cada vez mais o rural baiano e o povo da agricultura familiar”, afirmou.

Semiárido em debate

Com o objetivo de aprimorar o diálogo e a relação cooperativa entre os movimentos sociais da agricultura familiar e instituições de ensino, pesquisa, extensão, que atuam no semiárido baiano, a outra mesa discutiu o tema Encontro Interterritorial de Pesquisa Ensino e Extensão em Agricultura Familiar.

“É preciso compreender que o conhecimento não é só adquirido dentro da universidade, precisamos ir além do debate, sair das “caixinhas”, nos aproximarmos da realidade para enfrentarmos juntos aos desafios impostos, principalmente neste momento em que as políticas públicas em nível federal para agricultura familiar estão sendo desestruturadas”, salientou a professora Tatiana Veloso, Pró-Reitora de Extensão Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). 

Também compondo a mesa, José Moacir dos Santos, do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), reforçou que não se combate a seca e sim busca-se alternativas de convivência, e chamou atenção da plateia informando que “o símbolo de resistência do sertão não é o mandacaru e sim o umbuzeiro, uma árvore mãe, que dá alimento, sombra, água e remédio”, revelou.

O debate contou ainda com a participação de Carlos Estêvão Leite Cardoso, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Mandioca e Fruticultura; Paulo Baqueiro, Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB); e Paulo Nazareno, UEFS.

As entidades representadas, que participaram da segunda mesa de debate, compõem a Rede Baiana de Pesquisa, Ensino e Extensão em Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural Sustentável, que tem por objetivo o desenvolvimento rural sustentável, com prioridade na transição agroecológica.

Créditos
ASCOM/SDR
Fonte
Taciana Teles/Bahiater
XI Feira do Semiárido
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