O secretário de Desenvolvimento Rural assinou, na manhã desta quarta-feira (22), a portaria que institui o Grupo de Trabalho de Mulheres da SDR, formado por representantes das superintendências, coordenações estratégicas e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à secretaria.
A valorização da agricultura familiar passa pela afirmação do valor que as mulheres representam para essa política, para suas propriedades, comunidades e, principalmente, suas colaborações para geração de renda e combate à fome em nosso Estado.
O GT surge com o objetivo de pensar, articular e propor ações e políticas que fortalecem a luta pela valorização da agricultura familiar, transformando as relações sociais de gênero no campo. “As mulheres são protagonistas no desenvolvimento rural. Sem a valorização do trabalho das mulheres não se desenvolve uma política de desenvolvimento rural plenamente”, ressalta o secretário Osni Cardoso.
Raimunda Santos, uma das representantes do Grupo de Trabalho de Mulheres da SDR, explica que “o nosso intuito é contribuir e sermos vozes ativas por meio de representações das servidoras mulheres no debate de gênero no âmbito rural, buscando uma construção coletiva com as mulheres do campo, tendo autonomia e visibilidade para debater e propor uma política de gênero na SDR”.
O evento contou com a participação da secretária de Políticas para as Mulheres, Elisângela Araújo; da representante do MOC no Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia, Gisleide Carneiro; das representantes das Voluntárias Sociais da Bahia, Louise Velloso e Priscilla Oliveira; e da poetisa Rosana Paulo, que fez uma intervenção cultural.
Em sua fala, a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres ressalta a importância da SDR ter um núcleo e uma coordenação para pensar e construir políticas públicas específicas de gênero. “Sabemos do papel que nós mulheres cumprimos na agricultura. 80% das unidades produtivas têm uma participação da mão de obra feminina. É importante a construção de políticas transversais, tendo um olhar e debate estratégicos para as mulheres e suas contribuições no fortalecimento da agricultura familiar”.
ENTREGA DE TÍTULOS DE TERRA
Durante o evento começaram a ser entregues os Títulos de Propriedade Rural do Projeto “Bahia Mais Forte, Terra Legal”, para mulheres agricultoras dos 27 territórios de identidade da Bahia. Luíza Santos e Gilza Silva, da comunidade Lagoa Seca, em Camaçari, foram duas das beneficiadas. Ao todo, são 462 títulos entregues em benefício das mulheres rurais da Bahia.
O Secretário Osni Cardoso observa que o cenário agora é diferente. “Estamos ampliando o número de mulheres que são proprietárias de suas terras, podendo movimentar suas produções, garantido a essas mulheres autonomia nas políticas de organização produtiva, de comercialização e de desenvolvimento rural”, conclui.
