A Superintendência de Assistência e Extensão Rural (Bahiater), unidade da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), promoveu, nessa quarta (7), um encontro entre as servidoras e representantes de secretarias parceiras, com o tema Diálogos sobre as relações de gênero no cotidiano.
O evento integrou uma série de ações promovidas pelo Governo do Estado para celebrar o 8 de março, Dia Internacional da Mulher. “Não podemos perder de vista a luta das mulheres, especialmente da mulher rural, principalmente no contexto que a Bahiater está inserida”, disse Célia Watanabe, superintendente da Bahiater.
A abertura do encontro foi conduzida pela arte-educadora e servidora da Bahiater, Rosana Paulo, que reuniu os participantes numa grande roda, onde foram ditas palavras conclamando ao respeito pelas mulheres. Ela enfatizou, por meio da música, a beleza que existe em cada um.
“Momentos como este são importantíssimos e a presença dos homens torna ainda mais clara a compreensão e a conscientização de todos para o desafio de criar políticas públicas para as mulheres”, comemora Renata Rossi, gestora da Coordenação de Desenvolvimento Rural (CDA).
Representantes do grupo de trabalho pela luta de gênero, Carmem Lúcia de Miranda (Bahiater), Brenda Pinto (CDA) e Sarana Brito, da Superintendência de Políticas Territoriais e Reforma Agrária (Sutrag), estiveram presentes e falaram sobre os desafios enfrentados pelas mulheres em busca de representatividade na sociedade. “Muito difícil lidar com o preconceito, mas nossa luta é real e é preciso reconhecer a força de trabalho das mulheres, mudar comportamentos, a começar pela fala, ou seja, incluí-las no discurso”, fundamenta Carmem.
Para a professora e pesquisadora Maria de Lourdes Scheffer, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), o comportamento machista e patriarcal é formado, em primeiro lugar, nas famílias, na maneira que as crianças são educadas. “Precisamos modificar as relações e para isso é necessário analisar as realidades nas quais estamos inseridos e, a partir daí, criar estratégias metodológicas para lidar com determinadas situações”, alerta Maria de Lourdes.
“Para mim, esse momento foi maravilhoso porque abordou questões que ajudam a compreender a raiz dos fatos e nos auxiliam a melhorar nosso traballho com as mulheres, numa prática diária de combate a violência”, disse Lucedalva Barbosa, técnica da Bahiater.
Uma tarde para trocas de experiências com intuito de reafirmar a luta das mulheres por mais oportunidades de inserção social. Completando o encontro, foram executadas músicas com temática feminina, para celebrar todos os dias da mulher, na voz de Alayana Oliveira, tendo ao violão Rivelle Rivétria e, na percussão, Luciano Santos, ambos técnicos da Bahiater.
