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Da cabruca à barra de chocolate e outros derivados, a cadeia produtiva do cacau na Bahia tem passado por significativas transformações ao longo dos anos. Lado a lado com essa importante atividade baiana, o Governo do Estado há anos empenha esforços para impulsionar sua produtividade e incentivar a autonomia da agricultura familiar nela inserida.

Por meio da extensão rural desenvolvida pela Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater) nos Territórios de Identidade, com formação e distribuição de mudas de alto valor agronômico, juntamente com a Superintendência de Agricultura Familiar (SUAF), além da requalificação de agroindústrias e mercados municipais por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), aquisição de veículos e equipamentos por meio do programa Parceria Mais Forte, entre outros, a agricultura familiar baiana conta hoje com um investimento, em execução, de mais de R$ 3 bilhões pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

Somente no Litoral Sul e Baixo Sul, onde é forte a presença da cadeia produtiva do cacau, ultrapassam os R$ 260 milhões os investimentos do Governo do Estado na agricultura familiar nos últimos oito anos. É no Litoral Sul que são produzidas as mudas de cacau com tecnologia embarcada para aumentar a produtividade da cultura na Bahia, especialmente no sistema cabruca. Apenas nos últimos dois anos, a SDR distribuiu às famílias do campo em torno de 2,2 milhões de mudas certificadas de cacau, produzidas pela Biofábrica da Bahia.

Já no Baixo Sul está o programa Cacau Mais, do Consórcio Intermunicipal do Mosaico das APAS do Baixo Sul (Ciapra), que, com o apoio do Governo do Estado, com investimentos na ordem de R$ 5,7 milhões para beneficiar 2,4 mil agricultores familiares, está acelerando a produtividade da cacauicultura em 13 municípios, saindo da média de 14 arrobas por hectare para 80 arrobas por hectare em três anos. Também no Território, 8.316 famílias estão recebendo o serviço de ATER direta e indireta por meio da Bahiater e de entidades conveniadas, prefeituras e consórcios públicos.

“O trabalho da SDR é de forma intersetorial e, com certeza, de grande valor na promoção da cadeia produtiva do cacau, auxiliando agricultores familiares e produtores a acessarem tecnologias e extensão rural, fomentando investimentos em parceria com consórcios públicos e tendo como braço parceiro os programas da CAR e da Bahiater. Posso dizer que somos responsáveis por potencializar o fortalecimento de uma agenda com práticas sustentáveis e agroindustrial familiar na Bahia”, destaca o titular da SDR, Osni Cardoso.

Ações transversais

Os investimentos na cultura cacaueira passam pela transversalidade das ações, alinhando grandes programas, como a maior chamada pública de extensão rural da história da Bahia, o ATER Biomas, da Bahiater, que está executando R$ 244 milhões, e o Bahia Produtiva, da CAR, que financia subprojetos de inclusão socioprodutiva em comunidades rurais, passando ainda pelo ATER Agroecologia, ATER Mulher, MAIS ATER e por articulações quanto à Identificação Geográfica do cacau, à biossegurança para controle e prevenção a doenças e pragas, como monilíase e vassoura-de-bruxa, e muitas outras ações ao longo dos últimos oito anos, da planta aos derivados do cacau, como os incentivos à produção de chocolates da agricultura familiar.

É o caso da Bahia Cacau, marca da Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (Coopfesba), no município de Ibicaraí, que agregou a produção de ovos de Páscoa, e da Natucoa, da Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia (Coopessba), cuja fábrica está situada em Itabuna e produz barras de chocolate com composições das mais variadas – sem conservantes, vegano, cinco percentuais diferentes de cacau, chocolate em pó, além de cerveja de nibs, pasta de cacau com licuri, licor de mel de cacau, entre outros produtos. A produção da Natucoa foi impulsionada pelo projeto Alianças Produtivas, do Governo do Estado, com investimento de R$ 2,5 milhões.

“A busca que a gente tem em relação à qualidade veio só depois da assistência técnica, que é fundamental aos agricultores. E a gente notou a importância da qualidade do cacau para se ter um bom chocolate. O ciclo só é redondo quando acontece da melhor maneira: assistência técnica eficiente na base, a cooperativa estar o tempo inteiro presente, os métodos e como o cacau chega na cooperativa. Hoje temos também um projeto piloto com a SDR, CAR, Bahiater, que estão sempre com a gente, presentes na agricultura familiar, para aumentar a produção de cacau de qualidade de 20% para 40% aqui na região, porque esse cacau de qualidade vai derivar novos produtos”, destaca a presidente da Coopessba, Carine Assunção. E como uma boa parceira de responsabilidade social, recentemente a Coopessba doou uma tonelada de chocolate em pó para o programa Bahia Sem Fome.

Cacau

Em 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que em 2021 o estado da Bahia produziu 145.120 toneladas de cacau, refletindo um acréscimo de 22,96% de aumento na produção em relação ao ano anterior. O volume representa 46,75% da produção nacional.

Créditos
Mariana Ferreira - Bahiater/SDR
Fonte
Bahiater/SDR
Da cabruca ao chocolate, a cadeia produtiva do cacau na Bahia
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Foto: Antônio Carlos
Foto: Antônio Carlos
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Da cabruca ao chocolate, acadeia produtiva do cacau na Bahia
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