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A diversidade da agricultura familiar e da cultura alimentar de diferentes localidades baianas é um dos destaques das Expedições Gastronômicas: Da roça para a mesa, que estão aproximando grandes nomes da gastronomia baiana e de outros estados do Brasil dos processos produtivos de cadeias produtivas estratégicas na Bahia. 

Nessa edição estão sendo exploradas potencialidades do Território de Identidade Semiárido Nordeste II e os processos de beneficiamento de produtos de cooperativas da agricultura familiar do território, apoiadas pelo projeto Bahia Produtiva, a exemplo da castanha de caju e do mel. Participam da expedição os chefs de cozinha baianos Caco Marinho, Bruna Moreira, Titto Assis e Ricardo Silva, e de São Paulo, Alexandre Ballarin.

A expedição é realizada pelo Instituto Ori, em parceria com o Bahia Produtiva, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), e a Aliança dos Cozinheiros Slow Food, uma rede que reúne cozinheiros de todo o mundo e que preza pelo alimento bom, limpo e justo.

Alexandre Ballarin, que é chef de Criação e Pesquisa em um restaurante de São Paulo, destacou que a iniciativa é fundamental, para conhecer agricultores e toda a cadeia produtiva, que leva produtos tão especiais para o consumidor final: “Na minha visão de cozinheiro a expedição é reveladora e traz uma percepção nova dos produtos e de pessoas admiráveis que estão lutando e desenvolvendo projetos em prol do desenvolvimento regional. É uma iniciativa importantíssima que deve ser enaltecida e difundida por todo o Brasil. Sou grato pela iniciativa e pelo convite, realmente é um espaço e um momento de muito aprendizado e realização”.

Para Ícaro Renê, presidente da Cooperativa da Cajucultura Familiar do Nordeste da Bahia, em atividades como a expedição é possível mostrar as potencialidades e qualidade dos produtos: “Os produtores estão tendo a oportunidade de mostrar como é seu trabalho e qual a qualidade ele busca na produção. Na expedição também está sendo possível apresentar nossas unidades e o processo de beneficiamento de uma castanha saborosa, além de ser a oportunidade de abrir novos mercados e ter o nosso produto nos melhores restaurantes, sendo trabalhado por reconhecidos chefs de cozinha, ganhando espaço e garantindo renda para os agricultores cooperados da Rede Cooperacaju”.

O cozinheiro, Ricardo Silva, que tem um restaurante na capital baiana, falou da satisfação em participar dessa ação: “Eu vejo com muitos bons olhos essa iniciativa e acho de suma importância os conhecimentos adquiridos, interiorização e ligação com o produtor. Entender de onde vêm os produtos, as necessidades desses pequenos produtores e as demandas da agricultura familiar me deixa emocionado, porque forma uma ligação entre o produto e o consumidor final. É a possibilidade de ir às origens, estar perto de quem produz, sem interferência de atravessador, e poder pagar um preço justo, e essa intermediação foi fundamental para que houvesse essa aproximação”. 

Durante a programação, que está percorrendo municípios como os de Ribeira do Pombal, Banzaê e Cícero Dantas, estão sendo realizadas visitas a propriedades de agricultores familiares, de unidades da Cooperacaju e da Cooperativa dos Apicultores de Ribeira do Pombal (Cooarp), além de um grupo de mulheres atendidas pelo edital Socioambiental do Bahia Produtiva, em Cícero Dantas, que transformam o caju em doces, compotas e geleias.

Créditos
André Fofano
Fonte
ASCOM/SDR
Expedição gastronômica no semiárido
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