Data

De 31 de agosto a 1º de setembro, Itabuna vai sediar a 6ª Conferência Territorial de Segurança Alimentar e Nutricional do Litoral Sul. A ação, que tem à frente o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da Bahia (Consea-Ba), em parceria com a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da Bahia (Seades) e o Grupo Governamental de Segurança Alimentar e Nutricional (GGSAN), conta com o apoio de outros órgãos públicos, como a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), além de instituições da sociedade civil. O evento tem como objetivo articular ações para a superação da fome e construção da soberania alimentar, com direitos e participação social.

O evento acontecerá no Colégio Estadual de Tempo Integral Professor Adeum Hilário Sauer, no bairro Sarinha Alcântara. “O objetivo principal é discutir os problemas da segurança alimentar. Hoje, quando a gente fala do combate à fome, que está latente no Brasil, falamos de aproximadamente 33 milhões de brasileiros que não se alimentam direito. Nós temos aproximadamente 21% no Nordeste, onde a Bahia compõe aproximadamente 12,2% desse quantitativo. Desses 21% do Nordeste, aproximadamente 9% deles estão no meio rural, o que é gritante, mas ainda é um público que sofre menos do que o urbano, pois o maior quantitativo de pessoas com fome está na área urbana”, destaca o coordenador do Colegiado Territorial, Carlos Alberto Garotinho.

De acordo com Garotinho, da conferência sairão propostas para o combate à fome. Antes, o território precisa alcançar o número de 90 representantes, do poder público e da sociedade civil. “Estamos construindo os representantes dos 26 municípios que compõem o território, onde já temos aproximadamente mais de 60% de indicações, e nós estamos trabalhando até o dia 25 para concluir esses 90 representantes, sendo dois deles da sociedade civil e um do poder público”, explica. Para municípios com mais de 50 mil habitantes, como Itabuna e Ilhéus, a composição é de seis membros da sociedade civil e três do poder público, conforme o coordenador. 

Representatividade

A conferência é o momento mais importante para se qualificar as propostas. Para Garotinho, os povos e comunidades tradicionais, como quilombolas, indígenas, extrativistas, povos de terreiro, ciganos, marisqueiras e marisqueiros, pescadoras e pescadores, têm grande relevância para qualificar o debate. 

“Nós temos a prioridade de ter, na conferência, dos 50% do quantitativo dos representantes da sociedade civil, 30 membros dos povos e comunidades tradicionais. Queremos abranger o maior número possível de representantes dos municípios, pois a ideia do Colegiado Territorial é ter 100% desse público, para que a gente faça debates qualificados e que tenhamos propostas robustas, para a gente ter condições de disputar e serem aprovadas a nível de estado, uma vez que a conferência é o ponto mais alto para se qualificar as propostas. Então a gente prima para que tenhamos um público bastante qualificado e fazer valer o momento, que é importante para a gente estar falando da segurança alimentar”, ressalta.

Instituições

Além da SDR, por meio da Bahiater e da CAR, apoiam esta ação o Movimento de Luta pela Terra (MLT), Associação para o Desenvolvimento dos Territórios da Bahia (CET em Movimento), Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Programa de Pós-Graduação em Estado e Sociedade da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Consórcio de Desenvolvimento Sustentável Litoral Sul (CDS-LS), Consórcio Intermunicipal da Mata Atlântica (Cima), Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc) e Instituto Federal Baiano (IFBaiano).

Fonte
Bahiater

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