A Campanha ‘Julho da Agricultura Familiar’, da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), realizou nesta sexta-feira (14) a abertura da Jornada do Cooperativismo na Agricultura Familiar. O evento on-line reuniu centrais cooperativas e representantes do governo federal, além do estadual.
A jornada realizada pela Bahiater dará início ao Diagnóstico do Cooperativismo da Agricultura Familiar da Bahia. “É um momento emblemático, nesse mês de julho, que é tão importante pra gente. E esse diagnóstico será uma ferramenta importante para superarmos obstáculos que venham a existir e avançarmos no que diz respeito à organização da nossa agricultura familiar e ao melhor direcionamento das políticas públicas”, destacou o titular da Bahiater, Lanns Almeida.
Para a coordenadora-geral de Formação, Construção do Conhecimento e Fomento à Ater do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDAF), Regilane Fernandes, o evento reuniu instituições estratégicas para pensar os três pilares do plano de governo federal: superação da fome, enfrentamento às emergências climáticas e superação das desigualdades.
“Importante pra gente pensar um Brasil que reconhece o valor do cooperativismo e define estratégias de fortalecimento do cooperativismo para que a agricultura familiar tenha não tenha só resultados de inclusão socioeconômica, mas resultado de disputa de um modelo de desenvolvimento que seja o promotor da vida porque, quando a agricultura familiar produz alimento saudável e alimento de verdade, ela não está só gerando renda, ela não está só alimentando e abastecendo território, ela está falando de um outro modo de vida, em que a decisão de se alimentar é também uma decisão política que fortalece o modelo de desenvolvimento a partir da produção agroecológica, a partir do respeito e do reconhecimento das diversidades dos povos que compõem a agricultura familiar brasileira”, pontuou Regilane Fernandes.
De acordo com o diretor-presidente da União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), Ícaro Renne, o cooperativismo na Bahia está fortalecido. “Sem o cooperativismo, nosso povo do campo e da economia solidária não estaria agora com geração de renda. A Unicafes está muito feliz com os avanços que o cooperativismo está ganhando. Ontem terminamos, em Salvador, o evento Super Bahia, onde a Unicafes participou com nossos centros de distribuição, e pudemos mostrar os produtos da agricultura familiar para os grandes supermercadistas de Salvador e toda a Bahia, e ficamos muito felizes com a aceitação e com os negócios que foram fechados ali. Mostrou que o nosso cooperativismo está sendo aceito e que tem força e diversidade de produtos de qualidade”.
“O cooperativismo faz parte do desenvolvimento sustentável, mas, sobretudo, da organização dos trabalhadores numa perspectiva de desenvolvimento claro e inclusivo. Pela primeira vez, por meio do edital ATER Biomas, se tem essa atenção para a questão do cooperativismo e da economia solidária, de pensar uma assistência que não cuide só do manejo, mas que pense a organização da gestão desses trabalhadores da agricultura familiar e que pense o mercado de uma forma muito mais sustentável”, ressaltou a presidente da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários – Unisol Bahia, Anne Sena.
Instituições
Participaram da abertura da Jornada do Cooperativismo na Agricultura Familiar: Cooperativa de Produção Agropecuária de Jiló e Região (Coopag), Cooperativa dos Produtores de Leite de Iaçu (Coopli), Cooperativa dos Produtores de Leite do Médio Paraguaçu (Coopertam), Cooperativa Mista e Produção, Aquisição e Serviço do Estado da Bahia (Coopersertão), Cooperativa de Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte (Cofaspi), Cactus, Instituto de Desenvolvimento Social e Agrário do Semiárido (Idesa), Feme, Coopaaf, Agrovida, Coopertupim, Movimento de Organização Comunitária (MOC), ONG Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia (Agendha), Fundação de Desenvolvimento Integrado do São Francisco (Fundifran), Cooperativa Quilombola do Extremo Sul, Colegiado de Desenvolvimento Territorial (Codeter), Associação de Mulheres Sertão, Cesol Sertão Produtivo, além de Unicafes, Unisol e secretarias municipais de agricultura.
